quarta-feira, 1 de junho de 2011

O cravo e a rosa!


Laura. Uma menina, uma mulher com seus defeitos, com sua beleza, sua sinceridade e sem medo de se jogar de cabeça em suas relações. Uma criança de 20 anos num corpo de mulher e mente de adolescente, com o sorriso nos olhos, a leveza de uma pena em seus gestos, a simplicidade do café com pão na manhã de sua alma e a grandeza das mais altas torres em seus pensamentos.
Para os que a conheciam, os conheciam bem, como a palma de suas mãos, a menina-mulher era pura e simplesmente a mais rara e bela força da vida. Para os que não há conheciam, bem, desses eu tenho pena!
As sensações que davam quando lhe chegavam perto, variando os sentimentos igual a uma roda gigante, misturando-os, confundindo-os, fazia com que estes afastados estranhos sentissem-se bem. Era como um passe de mágica! Seus olhos deixavam transparecer a beleza de sua alma, a harmonia da natureza.
Até que um dia, um dia de chuva, um dia aparentemente comum, ela voltando ao seu lar, regressando ao encontro de seu mundinho perfeito, quando lentamente andava pela chuva, voltando da faculdade, algo estranho lhe aconteceu.
Era Filipe, um jovem com uma beleza não convencional, mas lindo para os olhos dela lhe apareceu, oferecendo-lhe uma carona de guarda-chuvas até em casa. Filipe era aquele rapaz que qualquer pai manteria suas filhas longe. O tipo malandro, rebelde.
E a flor do campo, a rosa mais bela se apaixonou pelo cravo!
Todos os dias, na mesma hora Filipe estava lá para acompanha-la até sua residência, o seu jeito de ser, de viver a conquistou. Seu jeito descolado, mas ao mesmo tempo carinhoso, companheiro, contrariou tudo o que lhe diziam sobre esse tipo. A linda rosa, encantada com ele enfrentou tudo e todos, mudou por ele. Sim, a criança desabrochou!
O tipo que, por um momento, até eu achei que fosse tudo de bom, a envolveu de um jeito que nem ela sabia. Ela estava perdidamente apaixonada! Ele, o malandro, estava usando ela, brincando com seus sentimentos.
Em uma bela tarde de sol, onde as flores mostravam todo seu caminho da estrada pra casa, Filipe não estava. Ele já não ia mais buscá-la. Ele já não a tratava igual. Laura saía da faculdade, e de repente, sentados no banco da praça próxima a faculdade, estava Filipe e Tina. Eles estavam se beijando. Tina, que era a melhor amiga de Laura, estava enganando-a todo esse tempo? Filipe, seu amor, o qual se entregou por inteira, corpo e alma, e sua melhor amiga traindo-a?
Seu mundo ficou escurecido, as flores murcharam como se estivessem chorando, sua alegria se esvaiu, a menina já não existe, agora a mulher estava machucada!
Na hora ela os perdoou, mas como ela não é de ferro, sentou-se com o seu amigo João, contou o acontecido e fez uma revelação!
Na primeira noite de Laura e Filipe, devido ao não cuidado tomado na hora "h", ela engravidou!
Laura estava grávida, e agora, sozinha!
Mas João, que sempre foi apaixonado por Laura resolveu assumir esse filho, com a condição que Filipe soubesse que era o pai.
Ao saber dessa notícia, Filipe ficou irado, revoltado. Tentou fazer Laura abortar, xingou-a, colocou-a pro chão. Filipe já não era mais o mesmo.
Como num ataque de fúria, Filipe agrediu-a. Laura saiu transtornada do local onde conversavam e saiu correndo pela rua.
Ele, que sentiu-se arrependido saiu correndo atrás dela. Ele até hoje vê a cena se repetir em sua mente, não consegue esquecer.
Laura enquanto corria, já abatida, não percebeu o sinal verde. Ela foi atropelada por um carro em alta velocidade.
Bem, essa estória já se saberia onde ia dar. A estória da mocinha e do vagabundo!
Só que com um final bem pior. Seu filho já não existe mais, Nem Laura. E nem a consciência de Filipe. Foi-se o tempo do sorriso no olhar, das tardes de violão na pracinha da faculdade. Foi-se o tempo em que o amor realmente existia. Foi-se o tempo das princesas, das meninas-mulheres, delas que se entregaram de corpo e alma ao amor. Filipe, até hoje se sente culpado por tudo. Hoje, amanhece sozinho, entregue ao álcool e as drogas.
O cravo destruiu a rosa. A linda rosa perdeu pro cravo!
Se você fosse personagem nessa estória, o que você faria?

NAMASTÊ!

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Inspirações do dia a dia! Música do Dia: [Ne me quite pas - Maria Gadu]

3 comentários:

  1. Que lindo seu texto, ta de parabéns a historia ta incrivel apesar de triste ... adorei.
    *------*

    bjoss
    fer_fernandess

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  2. Sempre escrevi, tenho alguns textos guardados.
    Mas, me vi no momento de expor alguns por aqui!

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